Empobrecimento Activo
2012/01/01 15:46
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Uma estratégia económica é aquilo que parece ser, mesmo que seja habilmente disfarçada sob a ideia de ausência de estratégia. É hoje evidente que o apagão estratégico e operacional de Álvaro e do seu Ministério não é um acaso, mas parte bem urdida de uma política de erosão económica e social do País. Com uma forte matriz ideológica.
Enquanto os portugueses procuram alguma luz na escuridão dum Ministério da Economia enredado em si próprio, as Finanças vão impondo uma agenda brutal de empobrecimento activo que combina o desinvestimento nas qualificações e nas competências e o posicionamento num patamar competitivo de baixos salários.
Penso que esta escolha é um erro de enormes consequências e que vai para além da normal dicotomia de perspectivas ideológicas que dá sentido à sociedade livre e democrática.
De facto, em democracia e em particular nas chamadas democracias ocidentais, é salutar que haja um consenso alargado sobre a forma de criar riqueza e diferentes visões sobre a forma de a distribuir.
Em Portugal neste momento estamos a quebrar o consenso base. O consenso sobre a ambição dum Portugal competitivo e posicionado na fronteira tecnológica em sectores decisivos da nova economia.
Que outra interpretação se pode dar de facto à desistência e ao desinvestimento do governo na educação, de que é marcante exemplo o programa Novas Oportunidades, aliada à imposição de medidas de redução do custo do trabalho a qualquer preço e fora da concertação social?
Importa aliás fazer uma pergunta simples para compreender melhor o caminho para onde nos estão a levar.
Nos últimos meses foram poucas as boas notícias para a nossa economia, mas algumas ocorreram. A Embraer alargou o âmbito do seu investimento na indústria aeronáutica, a TGC investiu na componente de energias renováveis da EDP, surgiram novos projectos industriais no domínio dos Aerogeradores e do Solar e alguns investimentos na indústria automóvel foram reforçados (com a triste excepção do investimento em Baterias eléctricas da Renault / Nissan).
Qual destes investimentos foi determinado pelo custo da mão-de-obra em Portugal? E qual deles teria sido possível sem a boa qualificação e sem as competências dos nossos trabalhadores?
Nenhum obviamente. O que vamos conseguindo são consequências das apostas estruturais feitas nas últimas décadas. O empobrecimento activo ficará na nossa história como um intervalo de flagelação sem racional económico.
Enquanto os portugueses procuram alguma luz na escuridão dum Ministério da Economia enredado em si próprio, as Finanças vão impondo uma agenda brutal de empobrecimento activo que combina o desinvestimento nas qualificações e nas competências e o posicionamento num patamar competitivo de baixos salários.
Penso que esta escolha é um erro de enormes consequências e que vai para além da normal dicotomia de perspectivas ideológicas que dá sentido à sociedade livre e democrática.
De facto, em democracia e em particular nas chamadas democracias ocidentais, é salutar que haja um consenso alargado sobre a forma de criar riqueza e diferentes visões sobre a forma de a distribuir.
Em Portugal neste momento estamos a quebrar o consenso base. O consenso sobre a ambição dum Portugal competitivo e posicionado na fronteira tecnológica em sectores decisivos da nova economia.
Que outra interpretação se pode dar de facto à desistência e ao desinvestimento do governo na educação, de que é marcante exemplo o programa Novas Oportunidades, aliada à imposição de medidas de redução do custo do trabalho a qualquer preço e fora da concertação social?
Importa aliás fazer uma pergunta simples para compreender melhor o caminho para onde nos estão a levar.
Nos últimos meses foram poucas as boas notícias para a nossa economia, mas algumas ocorreram. A Embraer alargou o âmbito do seu investimento na indústria aeronáutica, a TGC investiu na componente de energias renováveis da EDP, surgiram novos projectos industriais no domínio dos Aerogeradores e do Solar e alguns investimentos na indústria automóvel foram reforçados (com a triste excepção do investimento em Baterias eléctricas da Renault / Nissan).
Qual destes investimentos foi determinado pelo custo da mão-de-obra em Portugal? E qual deles teria sido possível sem a boa qualificação e sem as competências dos nossos trabalhadores?
Nenhum obviamente. O que vamos conseguindo são consequências das apostas estruturais feitas nas últimas décadas. O empobrecimento activo ficará na nossa história como um intervalo de flagelação sem racional económico.
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