Ano Cinco (Sobre o posicionamento de portugal no Mundo)
2011/12/25 16:48
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Seguindo uma numerologia rudimentar, este novo ano é um ano cinco, que significa ano de mudança, volatilidade, incerteza e transição.
Vivêssemos nós tempos de vacas gordas e o ano cinco teria um perfil perturbador e desafiador. No quadro em que vivemos tudo o que promete mudança e reviravolta é portador de esperança e oportunidade. Celebremos por isso o novo ano, dando conteúdo à profecia Maia de que depois deste tempo nada seria igual, fazendo acontecer um tempo melhor.
Com o trepidar do tempo esquecemos por vezes que somos os cabouqueiros do terceiro milénio, e que sendo isso, na cama que fizermos nos havemos de deitar nós e os nossos descendentes.
Somos por isso uma geração de transição que talvez não fique gravada na história, mas deixará a história gravada com linhas determinantes para o sentido do futuro.
Evitando nesta crónica singela arriscar um olhar planetário, basta pensar no que é feito das muitas profecias milenaristas sobre o papel de Portugal no mundo. Terão sido capturadas pelos mercados e pela má política?
Não sei responder à questão. Apenas sei que se quisermos sobreviver como nação autónoma e independente não podemos aceitar um papel periférico num continente em decadência.
Temos que ser cada vez mais uma plataforma intercontinental, uma centralidade, um porto de chegada e de partida, uma praia de aventura e não um cemitério de sonhos passados.
Não foram certamente estas as razões que fundamentaram a opção do Governo pela venda de parte do Capital da EDP a uma empresa chinesa. A escolha foi financeira e baseada em critérios de análise objectiva.
Sendo a escolha financeira a operação é no entanto muito mais do que isso para o posicionamento geopolítico de Portugal. Parece que houve dedo do ano cinco na opção. Ou será apenas impressão de quem gosta de temperar a racionalidade com um pouco de mistério?
Vivêssemos nós tempos de vacas gordas e o ano cinco teria um perfil perturbador e desafiador. No quadro em que vivemos tudo o que promete mudança e reviravolta é portador de esperança e oportunidade. Celebremos por isso o novo ano, dando conteúdo à profecia Maia de que depois deste tempo nada seria igual, fazendo acontecer um tempo melhor.
Com o trepidar do tempo esquecemos por vezes que somos os cabouqueiros do terceiro milénio, e que sendo isso, na cama que fizermos nos havemos de deitar nós e os nossos descendentes.
Somos por isso uma geração de transição que talvez não fique gravada na história, mas deixará a história gravada com linhas determinantes para o sentido do futuro.
Evitando nesta crónica singela arriscar um olhar planetário, basta pensar no que é feito das muitas profecias milenaristas sobre o papel de Portugal no mundo. Terão sido capturadas pelos mercados e pela má política?
Não sei responder à questão. Apenas sei que se quisermos sobreviver como nação autónoma e independente não podemos aceitar um papel periférico num continente em decadência.
Temos que ser cada vez mais uma plataforma intercontinental, uma centralidade, um porto de chegada e de partida, uma praia de aventura e não um cemitério de sonhos passados.
Não foram certamente estas as razões que fundamentaram a opção do Governo pela venda de parte do Capital da EDP a uma empresa chinesa. A escolha foi financeira e baseada em critérios de análise objectiva.
Sendo a escolha financeira a operação é no entanto muito mais do que isso para o posicionamento geopolítico de Portugal. Parece que houve dedo do ano cinco na opção. Ou será apenas impressão de quem gosta de temperar a racionalidade com um pouco de mistério?
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