Mais Oferta
2009/04/13 14:05
| Correio da Manhã, Fazer Acontecer
| Link permanente
O deficit da balança de transacções correntes e o endividamento global são dois problemas estruturais da economia portuguesa que só se resolvem acrescendo a competitividade do que produzimos, aumentando as exportações e substituindo importações.
Esta constatação é consensual entre a generalidade dos economistas. Existe em Portugal um desajustamento estrutural entre a oferta e a procura, que tem sido compensada ao longo de décadas com o agravamento dos desequilíbrios externos.
O momento de mudança vertiginosa que está a ocorrer na economia mundial é um tempo oportuno para acertarmos o passo. Mas aqui, na forma de acertar o passo, já o consenso entre os economistas não é tão grande. Torna-se nítida a fractura de valores entre os que assumem uma forte sensibilidade social na sua análise e os que se limitam a escolher o caminho tecnicamente mais fácil, sem cuidar dos impactos sociais da receita.
O caminho mais fácil para ajustar procura e oferta é reduzir o rendimento disponível e baixar os salários reais. Com isso as exportações tornam-se mais competitivas e as pessoas tendo menos dinheiro consomem menos bens importados. A economia alinha por baixo. Os indicadores macroeconómicos serão mais saudáveis mas as pessoas viverão pior. Não é esse o modelo que defendo.
O caminho correcto é prosseguir a capacitação do potencial produtivo do País, apostando no aumento da qualidade e da quantidade da oferta, quer para o mercado interno quer para o mercado externo. Isso consegue-se valorizando empresas e sectores com capacidade inovadora e modelos organizativos mais eficientes, como é o caso dos recentemente reconhecidos clusters e pólos de competitividade.
Alinhar a economia por cima é uma ambição legítima e que os sinais encorajam. Portugal está a melhorar fortemente o seu repositório de competências e de serviços. A solução é produzir cada vez mais e melhor. Aumentar a produtividade para impulsionar o crescimento potencial, a criação de riqueza e o emprego. Dos fracos não reza a história.
Esta constatação é consensual entre a generalidade dos economistas. Existe em Portugal um desajustamento estrutural entre a oferta e a procura, que tem sido compensada ao longo de décadas com o agravamento dos desequilíbrios externos.
O momento de mudança vertiginosa que está a ocorrer na economia mundial é um tempo oportuno para acertarmos o passo. Mas aqui, na forma de acertar o passo, já o consenso entre os economistas não é tão grande. Torna-se nítida a fractura de valores entre os que assumem uma forte sensibilidade social na sua análise e os que se limitam a escolher o caminho tecnicamente mais fácil, sem cuidar dos impactos sociais da receita.
O caminho mais fácil para ajustar procura e oferta é reduzir o rendimento disponível e baixar os salários reais. Com isso as exportações tornam-se mais competitivas e as pessoas tendo menos dinheiro consomem menos bens importados. A economia alinha por baixo. Os indicadores macroeconómicos serão mais saudáveis mas as pessoas viverão pior. Não é esse o modelo que defendo.
O caminho correcto é prosseguir a capacitação do potencial produtivo do País, apostando no aumento da qualidade e da quantidade da oferta, quer para o mercado interno quer para o mercado externo. Isso consegue-se valorizando empresas e sectores com capacidade inovadora e modelos organizativos mais eficientes, como é o caso dos recentemente reconhecidos clusters e pólos de competitividade.
Alinhar a economia por cima é uma ambição legítima e que os sinais encorajam. Portugal está a melhorar fortemente o seu repositório de competências e de serviços. A solução é produzir cada vez mais e melhor. Aumentar a produtividade para impulsionar o crescimento potencial, a criação de riqueza e o emprego. Dos fracos não reza a história.
Comentários