Europa - Uma certa perplexidade
2010/04/03 16:51
| Malha Larga
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A União Europeia vive tempos difíceis de ajustamento e mudança. Tempos de perplexidade mesmo para aqueles que como eu se bateram ao longo de uma década para que a Estratégia de Lisboa tivesse um nível de concretização equivalente ao seu brilhantismo teórico e se batem agora para que a nova Estratégia Europeia para o Crescimento e o Emprego (Europa 2020) possa ter o pragmatismo que a sua antecessora não teve e atingir os resultados que a sua antecessora não atingiu.
O conteúdo, a governação e a apropriação política da Estratégia Europeia para o Crescimento e o Emprego são factores importantes, mas não é neles que reside a chave do seu sucesso. As questões críticas são as regras éticas e os valores que enquadram e regulam a globalização económica, e que podem ser regras favoráveis ao modelo humanista europeu ou regras predadoras desse modelo.
A Europa foi durante muitos anos beneficiária líquida da globalização mas descurou a participação activa na sua regulação. Em consequência foi a principal vítima económica, social e financeira duma crise que não originou. O estranho é que não obstante este facto reconhecido, a União Europeia (EU) parece ter aprendido pouco continua sujeita ao ritmo da economia nominal imposta por agências não reguladas e guardiãs dum liberalismo económico ultrapassado e desadequado para os desafios que o mundo hoje enfrenta.
Os riscos associados ao aquecimento global e às alterações climáticas e o falhanço da economia de casino que conduziu á grande crise financeira a que estamos ainda amarrados, recomenda a emergência dum novo modelo de economia sustentável, inteligente, verde e inclusiva.
Quem melhor do que a União Europeia poderá liderar este movimento de mudança? Quem melhor que a União Europeia conceptualizou esta viragem e está em condições de a colocar em prática? A minha convicção é que nenhuma outra região do globo está tão bem posicionada para liderar os novos tempos. Mas existe infelizmente alguma distância entre a oportunidade e os factos.
É esta mesma Europa, potencial líder e referência para a nova globalização que vemos incapaz de se sobrepor aos pequenos interesses e de evitar a humilhação de alguns dos seus membros, aceitando a mesma cartilha que conduziu o mundo ao maior desastre económico depois da grande recessão de 1929. Estou certo que tal como eu, muitos cidadãos empenhados no sucesso económico, social e político da União Europeia sentem hoje uma certa perplexidade. Porquê atirar a toalha ao chão com a oportunidade de vencer aqui tão perto? A resposta está em cada um de nós. Esta é uma luta que vale a pena.
O conteúdo, a governação e a apropriação política da Estratégia Europeia para o Crescimento e o Emprego são factores importantes, mas não é neles que reside a chave do seu sucesso. As questões críticas são as regras éticas e os valores que enquadram e regulam a globalização económica, e que podem ser regras favoráveis ao modelo humanista europeu ou regras predadoras desse modelo.
A Europa foi durante muitos anos beneficiária líquida da globalização mas descurou a participação activa na sua regulação. Em consequência foi a principal vítima económica, social e financeira duma crise que não originou. O estranho é que não obstante este facto reconhecido, a União Europeia (EU) parece ter aprendido pouco continua sujeita ao ritmo da economia nominal imposta por agências não reguladas e guardiãs dum liberalismo económico ultrapassado e desadequado para os desafios que o mundo hoje enfrenta.
Os riscos associados ao aquecimento global e às alterações climáticas e o falhanço da economia de casino que conduziu á grande crise financeira a que estamos ainda amarrados, recomenda a emergência dum novo modelo de economia sustentável, inteligente, verde e inclusiva.
Quem melhor do que a União Europeia poderá liderar este movimento de mudança? Quem melhor que a União Europeia conceptualizou esta viragem e está em condições de a colocar em prática? A minha convicção é que nenhuma outra região do globo está tão bem posicionada para liderar os novos tempos. Mas existe infelizmente alguma distância entre a oportunidade e os factos.
É esta mesma Europa, potencial líder e referência para a nova globalização que vemos incapaz de se sobrepor aos pequenos interesses e de evitar a humilhação de alguns dos seus membros, aceitando a mesma cartilha que conduziu o mundo ao maior desastre económico depois da grande recessão de 1929. Estou certo que tal como eu, muitos cidadãos empenhados no sucesso económico, social e político da União Europeia sentem hoje uma certa perplexidade. Porquê atirar a toalha ao chão com a oportunidade de vencer aqui tão perto? A resposta está em cada um de nós. Esta é uma luta que vale a pena.
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