Ano da Felicidade (Feliz 2009)
2008/12/26 11:19
| Correio da Manhã, Fazer Acontecer
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Nos próximos dias vamos desejar uns aos outros, por palavras ou mensagens, bom 2009.É um ritual que marca há muito as transições de calendário, mas que este ano, com as previsões a indiciarem o contrário, soará ainda mais a ritual que em anos anteriores.
Embora o nosso voto seja sincero e muita gente possa viver um óptimo 2009, as perspectivas para o ano não são famosas. A probabilidade de que uma percentagem significativa daqueles a quem desejamos bom 2009 venham a ter um ano difícil é grande e será tanto maior quanto mais as medidas do sucesso e da satisfação individual e colectiva não se adaptarem aos novos tempos.
O próximo ano não será à escala nacional e mundial, um ano de crescimento económico e de estabilidade na economia e no emprego. Estas perspectivas sombrias não impedem, no entanto, que 2009 possa ser um ano feliz, sobretudo se os valores éticos de partilha e fruição imaterial conseguirem suplantar a febre consumista como pilar de realização e afirmação.
Temos vivido no Ocidente décadas de crescimento e bem-estar que não se traduziram de forma directa na percepção de felicidade e realização dos povos. Pelo contrário, os estudos mostram níveis crescentes de ansiedade e medo, alastrando em mancha de óleo pela sociedade materialista em que nos tornámos.
A crise actual é o outro lado duma moeda que também contém como valor facial a oportunidade de mudança. Mudança nos modelos económicos, nos processos de gestão e no uso sustentável dos recursos naturais mas também nas atitudes, nas prioridades e no sentido último da vida em sociedade.
O próximo ano pode não ser um bom ano pelos padrões quantitativos com que nos habituámos a julgar a dinâmica económica e social, mas nada impede que possa ser um ano de reencontro da humanidade consigo mesma. Um ano feliz portanto.
PS: Não vos posso sugerir nenhum site ou livro mágico para encontrarem a felicidade. Arrisco apenas a sugerir, como pista para começar, a reflexão e a busca interior. Feliz 2009.
Embora o nosso voto seja sincero e muita gente possa viver um óptimo 2009, as perspectivas para o ano não são famosas. A probabilidade de que uma percentagem significativa daqueles a quem desejamos bom 2009 venham a ter um ano difícil é grande e será tanto maior quanto mais as medidas do sucesso e da satisfação individual e colectiva não se adaptarem aos novos tempos.
O próximo ano não será à escala nacional e mundial, um ano de crescimento económico e de estabilidade na economia e no emprego. Estas perspectivas sombrias não impedem, no entanto, que 2009 possa ser um ano feliz, sobretudo se os valores éticos de partilha e fruição imaterial conseguirem suplantar a febre consumista como pilar de realização e afirmação.
Temos vivido no Ocidente décadas de crescimento e bem-estar que não se traduziram de forma directa na percepção de felicidade e realização dos povos. Pelo contrário, os estudos mostram níveis crescentes de ansiedade e medo, alastrando em mancha de óleo pela sociedade materialista em que nos tornámos.
A crise actual é o outro lado duma moeda que também contém como valor facial a oportunidade de mudança. Mudança nos modelos económicos, nos processos de gestão e no uso sustentável dos recursos naturais mas também nas atitudes, nas prioridades e no sentido último da vida em sociedade.
O próximo ano pode não ser um bom ano pelos padrões quantitativos com que nos habituámos a julgar a dinâmica económica e social, mas nada impede que possa ser um ano de reencontro da humanidade consigo mesma. Um ano feliz portanto.
PS: Não vos posso sugerir nenhum site ou livro mágico para encontrarem a felicidade. Arrisco apenas a sugerir, como pista para começar, a reflexão e a busca interior. Feliz 2009.
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