Soberania e Cidadania (a energia e a política)
2011/05/12 16:12
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A energia é o recurso chave no desenhar da nova sociedade sustentável do século XXI. Em função disso as políticas ligadas à energia tornaram-se cada vez mais importantes e transversais.
É curioso verificar as diferentes parcerias que hoje a energia assume no desenho da governação. No Plano Europeu encontramos a pasta da energia associada á economia, ao desenvolvimento, ao clima, ao ambiente, à agricultura e aos transportes, entre outras soluções. Em Portugal, numa opção feliz, a energia está inserida no actual elenco governamental no Ministério da Economia, fazendo ao nível da Secretaria de Estado uma parceria pioneira mas muito adequada com a inovação.
A diferenciação dos modelos de governação antes referida, ilustra como a energia é hoje um tema em reposicionamento na economia e na sociedade e em consequência nos modelos de organização e concretização das políticas.
A energia continua a ser uma importante fonte de receitas para quem dispõe de recursos próprios e um custo muito significativo para quem os tem que importar, nas gera oportunidades na criação de novas soluções e produtos, de novas tecnologias de produção, distribuição e gestão, de novas oportunidades de negócio e de novas dinâmicas de desenvolvimento territorial.
E energia é hoje o domínio central e crítico da estratégia europeia de crescimento e emprego até 2020 (Estratégia UE2020) e o motor da criação duma sociedade que combina um crescimento inteligente, verde e sustentável.
Sabemos todos como a energia é importante na geoestratégia, na geopolítica e na geoeconomia. Os principais conflitos regionais que prevalecem no mundo têm uma forte ligação ao controlo dos recursos energéticos. Ao mesmo tempo a catástrofe nuclear que ocorreu no Japão mudou o cenário da partilha tecnológica e deu um novo impulso às energias renováveis e de baixo risco sistémico.
Nesta transição de século e de milénio a energia tem a característica única de, mantendo a sua importância crucial como instrumento de soberania, ser ao mesmo tempo cada vez mais importante como mobilizadora de cidadania.
É por isso que é transversal e não pode ser engavetada como um domínio técnico ou político delimitado. A forma como os diversos países e territórios lidarem com esta mudança do papel da energia na sociedade e com a necessária tradução nas políticas públicas a ela associadas, vai marcar significativamente o sucesso ou o insucesso desses Países e Territórios nas próximas décadas.
Crónica publicada originalmente na revista Frontline
É curioso verificar as diferentes parcerias que hoje a energia assume no desenho da governação. No Plano Europeu encontramos a pasta da energia associada á economia, ao desenvolvimento, ao clima, ao ambiente, à agricultura e aos transportes, entre outras soluções. Em Portugal, numa opção feliz, a energia está inserida no actual elenco governamental no Ministério da Economia, fazendo ao nível da Secretaria de Estado uma parceria pioneira mas muito adequada com a inovação.
A diferenciação dos modelos de governação antes referida, ilustra como a energia é hoje um tema em reposicionamento na economia e na sociedade e em consequência nos modelos de organização e concretização das políticas.
A energia continua a ser uma importante fonte de receitas para quem dispõe de recursos próprios e um custo muito significativo para quem os tem que importar, nas gera oportunidades na criação de novas soluções e produtos, de novas tecnologias de produção, distribuição e gestão, de novas oportunidades de negócio e de novas dinâmicas de desenvolvimento territorial.
E energia é hoje o domínio central e crítico da estratégia europeia de crescimento e emprego até 2020 (Estratégia UE2020) e o motor da criação duma sociedade que combina um crescimento inteligente, verde e sustentável.
Sabemos todos como a energia é importante na geoestratégia, na geopolítica e na geoeconomia. Os principais conflitos regionais que prevalecem no mundo têm uma forte ligação ao controlo dos recursos energéticos. Ao mesmo tempo a catástrofe nuclear que ocorreu no Japão mudou o cenário da partilha tecnológica e deu um novo impulso às energias renováveis e de baixo risco sistémico.
Nesta transição de século e de milénio a energia tem a característica única de, mantendo a sua importância crucial como instrumento de soberania, ser ao mesmo tempo cada vez mais importante como mobilizadora de cidadania.
É por isso que é transversal e não pode ser engavetada como um domínio técnico ou político delimitado. A forma como os diversos países e territórios lidarem com esta mudança do papel da energia na sociedade e com a necessária tradução nas políticas públicas a ela associadas, vai marcar significativamente o sucesso ou o insucesso desses Países e Territórios nas próximas décadas.
Crónica publicada originalmente na revista Frontline
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