Barómetro (A Energia e o futuro da UE)
2010/09/07 18:57
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Criada com a inspiração da partilha da energia e dos factores de produção e com a designação de Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), a União Europeia foi desenvolvendo com mais ou menos profundidade ao longo das décadas os seus pilares económicos, sociais e políticos e promovendo os diferentes níveis de integração que a conduziram àquilo que é hoje.
A integração económica, social e política teve como suporte um grande acervo legislativo e ao mesmo tempo um fortíssimo investimento nas conexões físicas. Estradas, portos, ferrovias e aeroportos cresceram por todo o território europeu permitindo a circulação de pessoas e bens. Os serviços imateriais, em particular os fluxos financeiros, encontraram vias fáceis de circulação com o investimento em modernas redes de telecomunicações.
De todo este movimento de interconexão e investimento em redes transeuropeias emergiu um parente pobre – as redes de transporte de energia. Por motivações de controlo de poder e protecção de mercados a rede europeia de energia é uma manta de retalhos, frágil, insuficiente e cheia de pontos de estrangulamento, de que a conexão entre Espanha e França, finalmente em evolução, constitui o mais gritante exemplo.
Encarregue por Durão Barroso de elaborar um relatório sobre o futuro do mercado interno, o antigo Comissário Europeu Mário Monti, que tive oportunidade de escutar no Conselho Informal de Energia que decorreu ontem e hoje em Bruxelas, afirmou que o mercado interno da energia, é nesta fase de crise económica, a mais poderosa ferramenta europeia para a competitividade, ao mesmo tempo que é também a ferramenta mais frágil e menos desenvolvida no plano físico e como tal mais exposta aos recuos nacionalistas e às capturas dos interesses económicos fragmentados.
Aquilo que a Europa estiver à altura de fazer no investimento nas suas redes de energia na próxima década é a meu ver o melhor barómetro da sua robustez e da sua capacidade de dar a volta por cima aos desafios que enfrenta.
O atraso tem mesmo algumas vantagens, porque as novas redes europeias podem beneficiar das novas tecnologias de gestão inteligente e garantir a capilaridade necessária para uma produção que inclui múltiplas fontes energéticas, cada vez mais renováveis e produzidas de forma descentralizada. Mas um atraso é sempre um atraso. Só se recupera com acção rápida e intensa. É o que a UE precisa no domínio das suas redes de energia.
A integração económica, social e política teve como suporte um grande acervo legislativo e ao mesmo tempo um fortíssimo investimento nas conexões físicas. Estradas, portos, ferrovias e aeroportos cresceram por todo o território europeu permitindo a circulação de pessoas e bens. Os serviços imateriais, em particular os fluxos financeiros, encontraram vias fáceis de circulação com o investimento em modernas redes de telecomunicações.
De todo este movimento de interconexão e investimento em redes transeuropeias emergiu um parente pobre – as redes de transporte de energia. Por motivações de controlo de poder e protecção de mercados a rede europeia de energia é uma manta de retalhos, frágil, insuficiente e cheia de pontos de estrangulamento, de que a conexão entre Espanha e França, finalmente em evolução, constitui o mais gritante exemplo.
Encarregue por Durão Barroso de elaborar um relatório sobre o futuro do mercado interno, o antigo Comissário Europeu Mário Monti, que tive oportunidade de escutar no Conselho Informal de Energia que decorreu ontem e hoje em Bruxelas, afirmou que o mercado interno da energia, é nesta fase de crise económica, a mais poderosa ferramenta europeia para a competitividade, ao mesmo tempo que é também a ferramenta mais frágil e menos desenvolvida no plano físico e como tal mais exposta aos recuos nacionalistas e às capturas dos interesses económicos fragmentados.
Aquilo que a Europa estiver à altura de fazer no investimento nas suas redes de energia na próxima década é a meu ver o melhor barómetro da sua robustez e da sua capacidade de dar a volta por cima aos desafios que enfrenta.
O atraso tem mesmo algumas vantagens, porque as novas redes europeias podem beneficiar das novas tecnologias de gestão inteligente e garantir a capilaridade necessária para uma produção que inclui múltiplas fontes energéticas, cada vez mais renováveis e produzidas de forma descentralizada. Mas um atraso é sempre um atraso. Só se recupera com acção rápida e intensa. É o que a UE precisa no domínio das suas redes de energia.
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