Na rota da convergência
De acordo com as projeções de verão da Comissão Europeia, Portugal é o País que maisdeverá crescer economicamente em 2022 em toda a União Europeia. O crescimento previsto para o nosso País é de 6,5% e compara com um crescimento médio previsto de 2,7% para toda a UE e de 2,6% se considerarmos apenas os países que integram a Zona Euro.
Partimos de uma posição relativamente baixa na tabela da riqueza criada, mas estes números significam indiscutivelmente que estamos na rota da convergência, não apenas com a média europeia, mas também com todos os seus Estados membros (Exceto com os que estão abaixo de nós e em relação aos quais divergimos no sentido positivo, aumentando o diferencial).
As previsões para 2023 não são tão positivas, mas mantêm a rota da convergência. Nelas Portugal deverá crescer 1,9% contra 1,4% da média da Zona Euro e 1,5% da média da totalidade dos países da União Europeia.
As previsões para o ano corrente são já em larga medida baseadas no comportamento real da nossa economia no primeiro semestre. A dinâmica foi criada e mais décima menos décima vai-nos conduzir a um registo histórico. Já as previsões para 2023 refletem, quer para Portugal quer para os outros países, o impacto previsível da guerra na disrupção das cadeias de produção, nos preços da energia e de outros materiais essenciais para o funcionamento da economia e na inflação.
Neste contexto, a qualidade das politicas e das decisões públicas e privadas podem fazer a diferença, num quadro contextual que em larga medida é determinado por condições externas e incertas. Foi aliás essa qualidade que nos permitiu tomar a dianteira do pelotão do crescimento em 2022. Vivemos um momento crítico em que não podemos desfalecer, para continuarmos a trepar a rampa para nos reposicionarmos num patamar mais competitivo e gerador de melhores oportunidades de investimento e de emprego.
Portugal é um País extraordinário em muitos dos seus padrões de qualidade de vida e em função disso, tem vindo a conseguir atrai também cada vez mais gente desejosa de viver numa terra bonita, com história, acolhedora e segura.
Com um bom nível de emprego, e a convergir na criação de riqueza, o novo desafio com que nos confrontamos é fazer convergir também, de forma sustentada, os salários com a média europeia. Não é uma tarefa fácil nem se resolve por decreto, mas é uma prioridade que não podemos falhar neste momento desafiante da nossa história coletiva