Satisfeitos?
2008/09/15 16:00
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Os resultados divulgados na passada semana pela OCDE sobre o estado da educação nos diferentes Países da organização (Education at a Glance 2008), tem alguns dados espantosos para o caso português e que merecem a nossa reflexão.
Além de reportar o aumento de 5% do número de trabalhadores que exercem profissões qualificadas e o aumento da qualificação média dos portugueses, o relatório enfatiza que em Portugal 9 em cada 10 famílias consideram que a escola desenvolve um bom trabalho na educação dos alunos e que os professores são competentes e dedicados, 86,6% estão satisfeitos com os conteúdos e métodos de ensino utilizados na escola e 84% acha justa e correcta a avaliação de progresso que a escola faz das aprendizagens dos seus filhos.
São resultados de excelência, que dignificam a escola e justificam que pela segunda vez em poucos meses use esta crónica para felicitar os professores portugueses. Parabéns professores, repito com gosto e orgulho.
No entanto, os resultados conseguidos em termos de sucesso escolar e profundidade dos percursos de aprendizagem, embora estejam a melhorar significativamente, ainda não reflectem o grau de satisfação percepcionado por parte das famílias.
Porque será que acontece esta aparente contradição? Falta de informação comparativa? Falta de acompanhamento da realidade ou simplesmente baixas expectativas e desinteresse duma percentagem significativa das famílias?
Se o grau de satisfação é alto e os resultados ainda são insuficientes, torna-se evidente que precisamos de aumentar o grau de ambição e de exigência das famílias em relação à escola e da escola em relação ás famílias.
Um grau de exigência e ambição ainda mais justificadas quando o mesmo estudo mostra que Portugal é o País da OCDE em que existem os mais baixos rácios de alunos por professor (7,9 alunos por professor se considerarmos os dados agregados do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário).
A Educação em Portugal vive um momento de mudança, que gera crispações mas permite também vislumbrar um futuro melhor. Ter consciência da qualidade dos recursos e da insuficiência dos resultados é o passo essencial para promover as alterações de método que são necessárias dar um salto qualitativo, integrando também a oportunidade de modernização que o Plano Tecnológico para a Educação constitui.
Satisfeitos? Acho que temos todos razões para estarmos satisfeitos, não pelo patamar de resultados a que chegámos, mas pelo caminho sério e persistente que estamos a fazer para os atingir
Além de reportar o aumento de 5% do número de trabalhadores que exercem profissões qualificadas e o aumento da qualificação média dos portugueses, o relatório enfatiza que em Portugal 9 em cada 10 famílias consideram que a escola desenvolve um bom trabalho na educação dos alunos e que os professores são competentes e dedicados, 86,6% estão satisfeitos com os conteúdos e métodos de ensino utilizados na escola e 84% acha justa e correcta a avaliação de progresso que a escola faz das aprendizagens dos seus filhos.
São resultados de excelência, que dignificam a escola e justificam que pela segunda vez em poucos meses use esta crónica para felicitar os professores portugueses. Parabéns professores, repito com gosto e orgulho.
No entanto, os resultados conseguidos em termos de sucesso escolar e profundidade dos percursos de aprendizagem, embora estejam a melhorar significativamente, ainda não reflectem o grau de satisfação percepcionado por parte das famílias.
Porque será que acontece esta aparente contradição? Falta de informação comparativa? Falta de acompanhamento da realidade ou simplesmente baixas expectativas e desinteresse duma percentagem significativa das famílias?
Se o grau de satisfação é alto e os resultados ainda são insuficientes, torna-se evidente que precisamos de aumentar o grau de ambição e de exigência das famílias em relação à escola e da escola em relação ás famílias.
Um grau de exigência e ambição ainda mais justificadas quando o mesmo estudo mostra que Portugal é o País da OCDE em que existem os mais baixos rácios de alunos por professor (7,9 alunos por professor se considerarmos os dados agregados do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário).
A Educação em Portugal vive um momento de mudança, que gera crispações mas permite também vislumbrar um futuro melhor. Ter consciência da qualidade dos recursos e da insuficiência dos resultados é o passo essencial para promover as alterações de método que são necessárias dar um salto qualitativo, integrando também a oportunidade de modernização que o Plano Tecnológico para a Educação constitui.
Satisfeitos? Acho que temos todos razões para estarmos satisfeitos, não pelo patamar de resultados a que chegámos, mas pelo caminho sério e persistente que estamos a fazer para os atingir
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