Parabéns Professores!
2008/07/21 16:00
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Como professor sempre senti que o sucesso dos meus alunos e a sua realização pessoal e profissional é a maior e a melhor recompensa para o trabalho que com eles desenvolvo há mais de vinte e cinco anos. È com orgulho que me vou cruzando com aqueles com quem um dia tive oportunidade de partilhar conhecimentos e experiências e que deles oiço histórias de vida mais ou menos entusiasmantes, mas sempre vividas com empenho e com a marca indelével da formação e da motivação que receberam dos seus mestres.
O bom resultado dos alunos alegra quem os prepara e quem com eles faz a caminhada da aprendizagem. Parecia-me esta afirmação uma verdade inquestionável até assistir com espanto à reacção de alguns professores e associações, indignados com a circunstância dos resultados escolares terem melhorado este ano nalgumas disciplinas do secundário, em particular naquelas que são normalmente responsáveis pelas elevadas taxas de insucesso e abandono escolar que envergonham o País no contexto internacional.
Não tenho conhecimento de causa para avaliar se houve ou não uma redução no grau de exigência nas avaliações e se o ajustamento foi adequado ou excessivo. Penso é que, independentemente desta questão específica, a atitude dalguns docentes manifesta uma profunda insensibilidade, em muitos casos provocada por uma menor atenção ao que está em jogo neste processo e que é muito e diverso.
Insensibilidade em primeiro lugar em relação ao que deve ser a relação aluno professor e à motivação positiva para a aprendizagem que a este cabe e que não é na minha perspectiva compatível com a desvalorização de resultados e a relativização dos progressos obtidos.
Insensibilidade também à intolerável utilização dos resultados escolares como arma de arremesso para defesa de interesses corporativos, legítima mas não compatível nem passível de confusão com a esfera da aprendizagem e da sua avaliação.
Insensibilidade ainda à fractura social que as avaliações excessivamente selectivas legitimam e consolidam, deitando para a berma do processo formativo todos os que não sendo particularmente dotados, também não podem aceder economicamente a ambientes ricos em conhecimento, explicações e outros contextos geradores de vantagens competitivas.
Por tudo isto neste final de ano escolar felicito todos os alunos que atingiram os seus objectivos, as suas famílias e os professores que foram capazes de, em contexto de mudança e reestruturação, levar os seus educandos a atingir melhores resultados. Parabéns professores! Depois de tantas polémicas e de tantas dúvidas em relação à vossa (nossa) capacidade de adaptação aos novos desafios do ensino/aprendizagem, os bons resultados nas avaliações deste ano são um estímulo para prosseguir o esforço, cada vez com mais empenho, orgulho e rigor.
O bom resultado dos alunos alegra quem os prepara e quem com eles faz a caminhada da aprendizagem. Parecia-me esta afirmação uma verdade inquestionável até assistir com espanto à reacção de alguns professores e associações, indignados com a circunstância dos resultados escolares terem melhorado este ano nalgumas disciplinas do secundário, em particular naquelas que são normalmente responsáveis pelas elevadas taxas de insucesso e abandono escolar que envergonham o País no contexto internacional.
Não tenho conhecimento de causa para avaliar se houve ou não uma redução no grau de exigência nas avaliações e se o ajustamento foi adequado ou excessivo. Penso é que, independentemente desta questão específica, a atitude dalguns docentes manifesta uma profunda insensibilidade, em muitos casos provocada por uma menor atenção ao que está em jogo neste processo e que é muito e diverso.
Insensibilidade em primeiro lugar em relação ao que deve ser a relação aluno professor e à motivação positiva para a aprendizagem que a este cabe e que não é na minha perspectiva compatível com a desvalorização de resultados e a relativização dos progressos obtidos.
Insensibilidade também à intolerável utilização dos resultados escolares como arma de arremesso para defesa de interesses corporativos, legítima mas não compatível nem passível de confusão com a esfera da aprendizagem e da sua avaliação.
Insensibilidade ainda à fractura social que as avaliações excessivamente selectivas legitimam e consolidam, deitando para a berma do processo formativo todos os que não sendo particularmente dotados, também não podem aceder economicamente a ambientes ricos em conhecimento, explicações e outros contextos geradores de vantagens competitivas.
Por tudo isto neste final de ano escolar felicito todos os alunos que atingiram os seus objectivos, as suas famílias e os professores que foram capazes de, em contexto de mudança e reestruturação, levar os seus educandos a atingir melhores resultados. Parabéns professores! Depois de tantas polémicas e de tantas dúvidas em relação à vossa (nossa) capacidade de adaptação aos novos desafios do ensino/aprendizagem, os bons resultados nas avaliações deste ano são um estímulo para prosseguir o esforço, cada vez com mais empenho, orgulho e rigor.
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