Mobi-E - Energia e Inovação

A crise financeira global e os cenários de aquecimento do planeta e do seu forte impacto na sociedade moderna tornaram obsoletos os modelos de desenvolvimento prevalecentes na velha ordem económica internacional.

A inovação nos modelos de produção e distribuição da energia e nas tecnologias que lhe estão associadas, constituem agora os mais poderosos e promissores motores de recuperação das economias e de definição duma nova ordem económica global sustentável.

Portugal antecipou uma escolha adequada. As apostas na concorrência e na transparência dos mercados, nas energias renováveis e na eficiência energética colocaram Portugal na primeira linha da fronteira tecnológica e abriram importantes oportunidades para a investigação e para o desenvolvimento dum forte cluster industrial, criador de emprego, gerador de riqueza, promotor das exportações e redutor indirecto das emissões de CO2 e dos desequilíbrios da balança comercial e do consequente endividamento externo do País.

Portugal é hoje reconhecido como um País pioneiro nas energias renováveis. Ao mesmo tempo os progressos na eficiência energética têm sido notáveis, como resultado da sua inclusão como um dos pilares do programa de investimento e emprego com que Portugal mitigou o impacto da crise. Estão assim criadas as condições para avançar com um projecto pioneiro e integrador de mobilidade eléctrica, que cruza eficiência dos mercados, consumo de energias passíveis de obter em fontes renováveis, eficiência energética e combater ao aquecimento global; o Mobi-E.

Com o Mobi-E Portugal será o primeiro País a dispor duma plataforma integrada para a mobilidade eléctrica com disseminação por todo o território. A opção pela mobilidade eléctrica tem um fundamento claro. A mobilidade e os transportes dependem sobretudo de combustíveis fósseis e são responsáveis em média por 30% das emissões anuais de CO2 e por uma elevada percentagem da factura anual de importação de energia.
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Apostar na mobilidade eléctrica significa apostar num modelo inovador e pioneiro, que permite um aproveitamento das energias renováveis e induz o desenvolvimento de tecnologias novas de carregamento dos veículos e de novos modelos e sistemas de gestão.

Haverá assim uma poupança directa de importações de energia e uma redução de emissões mas também uma melhoria da qualidade ambiental global e a criação de milhares de postos de trabalho na produção de baterias, postos de abastecimento e sistemas de gestão, bem como na manutenção e segurança de toda a plataforma.

Todos estes produtos e sistemas terão em Portugal um mercado teste, mas são pela sua natureza exportáveis para o mercado global, multiplicando o impacto económico e social do projecto.

O Mobi-E é um projecto pioneiro e desenvolvido de forma faseada, mas ambiciosa. A sua primeira fase, a concluir até ao final de 2011, levará à instalação de 1300 postos de carregamento em 25 cidades disseminadas por todo o País e de 50 postos de abastecimentos nas principais vias de ligação entre elas.

Será ainda promovida a instalação de pontos de carregamento em edifícios e parques de estacionamento. Para incorporar o máximo de tecnologia nacional no projecto continuará a ser promovida uma plataforma de investigação para a mobilidade eléctrica e serão apoiados programas de desenvolvimento de produtos e componentes do sistema.

O sucesso do Mobi-E contribuirá para a modernização e o reforço da economia portuguesa e para a afirmação de Portugal como líder tecnológico nas energias renováveis e na eficiência energética, nas será sobretudo um projecto que beneficiará os utilizadores portugueses e que conta com a sua adesão significativa.

Para isso o Governo aprovou um sistema forte de incentivos. Para além da isenção fiscal já prevista para os veículos eléctricos, será atribuído aos primeiros 5000 particulares que adquirirem um carro eléctrico um subsídio à aquisição de 5000 Euros acumulável com o prémio de 1500 Euros ao abate de veículos de combustão interna, mantendo os incentivos fiscais já definidos para este tipo de veículos.

Os custos com aquisições de frotas de veículos eléctricos por empresas serão majorados em 50% em sede de IRC em 2010. A Administração Central procederá à aquisição de veículos de demonstração e utilizará pelo menos 20% de veículos eléctricos na renovação anual da sua frota.

Estas medidas, associadas à inovação no modelo de gestão de operações, evidencia a ambição desta aposta. Uma aposta de energia e inovação focada num futuro melhor para todos nós.

PS: Este artigo foi originalmente publicado no Caderno de Economia do Expresso de 5 de Dezembro de 2009
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